Em muitos países mais ricos que o Brasil deputado não tem mordomia
Por Devair G. Oliveira
No entanto, com o aumento de vagas constante da proposta aprovada pela Câmara, os sete estados que perderiam vagas para outros nessa redistribuição continuam com o mesmo número de deputados:
• Rio de Janeiro (46 deputados) perderia quatro cadeiras;
• Paraíba (12), Bahia (39), Piauí (10) e Rio Grande do Sul (31) perderiam duas cadeiras cada um;
• Pernambuco (25) e Alagoas (9) perderiam uma cadeira cada um.
Outro impacto que deverá ser alocado é o de emendas parlamentares que os novos representantes arão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.
Assembleias estaduais
Além disso, conforme determina a Constituição Federal, o número de deputados estaduais mudará porque a Assembleia Legislativa deve ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados com uma trava de 36. Se atingido esse número, o total será os 36 mais o quanto ar de 12 na bancada federal.
Dessa forma, estados que am de 8 deputados federais (24 estaduais) para 10 terão assembleias com 30 deputados estaduais (três vezes mais).
Sim, o Brasil possui o maior número de cadeiras na Câmara dos Deputados em relação a outros países. A Câmara dos Deputados do Brasil tinha 513 deputados, mas aumentaram para 531.
Projeto de lei complementar (PLP), aprovado na noite dessa terça-feira (6) pelo plenário da Câmara dos Deputados, aumenta de 513 para 531 o número de vagas na Casa em razão do crescimento populacional. O texto mantém o tamanho das bancadas que perderiam representantes segundo o Censo de 2022. A mudança será a partir da legislatura de 2027.
O relator optou por uma abordagem política em vez do cálculo diretamente proporcional previsto na Lei Complementar 78/93, revogada pelo texto. “Estamos falando de um acréscimo modesto de 3,5%, enquanto a população nos últimos 40 anos cresceu mais de 40%”, afirmou.
Segundo Damião Feliciano, a perda de representantes significaria também perda de recursos em emendas parlamentares, aumentando a desigualdade regional (somente o Nordeste perderia oito vagas).
“Perder cadeiras significa perder peso político na correlação federativa e, portanto, perder recursos”, disse.
A necessidade de rever a distribuição de cadeiras surgiu após decisão, em agosto de 2023, do Supremo Tribunal Federal, ao acatar ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, como previsto na Constituição.Estados Atualmente O que defende o STF? O que propõe a Câmara? Variação Acre 8 8 8 0 Alagoas 9 8 9 0 Amazonas 8 10 10 2 Amapá 8 8 8 0 Bahia 39 37 39 0 Ceará 22 23 23 1 Distrito Federal 8 8 8 0 Espirito Santo 10 10 10 0 Goiás 17 18 18 1 Maranhão 18 18 18 0 Minas Gerais 53 54 54 1 Mato Grosso do Sul 8 8 8 0 Mato Grosso 8 9 10 2 Pará 17 21 21 4 Paraíba 12 10 12 4 Pernambuco 25 24 25 0 Piauí 10 8 10 0 Paraná 30 30 31 1 Rio 46 42 46 0 Rio Grande do Norte 8 8 10 2 Rondônia 8 8 8 0 Roraima 8 8 8 0 Rio Grande do Sul 31 29 31 0 Santa Catarina 16 20 20 4 Sergipe 8 8 8 0 São Paulo 70 70 70 0 Tocantins 8 8 8 0 Total 513 513 531 18